Mesmo sendo um assunto pouco discutido, a ansiedade infantil está presente na vida de muitas crianças e é um problema que pode estar relacionado com a exposição à internet e à qualidade de conteúdo que essas crianças consomem. Saiba mais sobre essa relação!

A ansiedade infantil

A ansiedade é, até certo ponto, considerada normal. É normal se sentir ansioso ao apresentar um trabalho para toda a classe ou ao pedir aos pais para sair com os amigos. Mas em alguns casos, onde a criança pode ficar irritadiça, ter crises de choro e até roer as unhas, pode ser uma situação preocupante.

É possível trabalhar com a criança para impedir que ela venha a apresentar ansiedade infantil, mas, se neste momento você tem um filho que demonstra alguns sinais típicos da ansiedade, pode trabalhar em formas para lidar com a situação da melhor maneira possível.

O tempo de tela

Você já ouviu o termo “tempo de tela”? Trata-se de uma expressão que vem sendo empregada para minimizar o uso da tecnologia pelas crianças. Com isso, diminui-se o tempo em que elas têm acesso à televisão, computadores, tablets e smartphones.

A medida diz, de acordo com a OMS, que crianças de até 2 anos não devem fazer uso de conteúdos em tela; que crianças dos 2 aos 5 anos podem usufruir de conteúdos em tela por até uma hora (de forma fracionada); e que crianças a partir de 6 anos podem usufruir por até duas horas, exceto para atividades escolares.

O tempo de tela é o suficiente?

Ainda que o tempo de tela seja uma medida importante para fazer com que uma criança não desenvolva ansiedade na infância, não é o suficiente. Não adianta muito reduzir o tempo de tela se a criança em questão fica livre para assistir ao que quiser.

Portanto, além de um tempo de tela reduzido é preciso selecionar o conteúdo que essa criança vai consumir, e isso deve ser feito tendo em vista a sua faixa-etária.

De acordo com estudos, crianças de até 6 anos não conseguem separar com facilidade o mundo fantasioso do real. Assim, assistir a conteúdos violentos em uma idade tão tenra pode fazer com que elas banalizem a violência e enalteçam a ideia de que a violência é um bom meio para o sucesso.

A internet não precisa ser uma vilã, mas para isso é preciso saber usá-la. Crianças na fase de letramento podem usar jogos com imagens, vídeos e sons para ajudar no aprendizado, e outras crianças podem fazer uso de filmes que tragam lições importantes.

Uma dica é acompanhar as classificações indicativas da organização Common Sense Media, que mostra não só a avaliação de especialistas, mas também o que os pais e as crianças acham sobre a idade adequada para ver o conteúdo. O ponto negativo é que o conteúdo é inglês.

O poder do diálogo

Ainda assim, há outras coisas que podem ser feitas por você, enquanto pai ou mãe, para ajudar seu filho a ter menos chances de sofrer com a ansiedade infantil.

Por exemplo, o diálogo, onde você consegue conversar sobre qualquer assunto de determinado filme ou vídeo que mereça esclarecimento. Essa é uma medida que pode render excelentes frutos no futuro, então vale a pena pesquisar sobre como abordar determinados assuntos difíceis com crianças.

FONTES

https://escoladainteligencia.com.br/o-papel-da-internet-na-ansiedade-infantil/
https://www.commonsensemedia.org/